quinta-feira, 15 de março de 2012

SOBRE O AMOR, ROSAS E ESPINHOS...

SOBRE O AMOR, ROSAS E ESPINHOS...

Amor que é amor dura a vida inteira. Se não durou é porque nunca foi amor.

O amor resiste à distância, ao silêncio das separações e até às traições. Sem perdão não há amor. Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou.

O amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão. Você o percebe no momento em que o outro fez tudo errado, e mesmo assim você olha nos olhos dele e diz: "Mesmo fazendo tudo errado eu não sei viver sem você. Eu não posso ser nem a metade do que sou se você não estiver por perto."

O amor nos possibilita enxergar lugares do nosso coração que sozinhos jamais poderíamos enxergar.

O poeta soube traduzir bem quando disse: "Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na escuridão. Se eu não te amasse tanto assim talvez não visse flores por onde eu vi, dentro do meu coração!"

Bonito isso. Enxergar sonhos que antes eu não saberia ver sozinho. Enxergar só porque o outro me emprestou os olhos , socorreu-me em minha cegueira. Eu possuia e não sabia. O outro me apontou, me deu a chave, me entregou a senha.

Coisas que Jesus fazia o tempo todo. Apontava jardins secretos em aparentes desertos.

Na aridez do coração de Madalena, Jesus encontrou orquídeas preciosas. Fez vê-las e chamou a atenção para a necessidade de cultivá-las.

Fico pensando que evangelizar talvez seja isso: descobrir jardins em lugares que consideramos impróprios.

Os jardineiros sabem disso. Amam as flores e por isso cuidam de cada detalhe, porque sabem que não há amor fora da experiência do cuidado. A cada dia, o jardineiro perdoa as suas roseiras. Sabe identificar que a ausência de flores não significa a morte absoluta, mas o repouso do preparo. Quem não souber viver o silêncio da preparação não terá o que florir depois...

Precisamos aprender isso. Olhar para aquele que nos magoou, e descobrir que as roseiras não dão flores fora do tempo, nem tampouco fora do cultivo.

Se não há flores, talvez seja porque ainda não tenha chegado a hora de florir. Cada roseira tem seu estatuto, suas regras...

Se não há flores, talvez seja porque até então ninguém tenha dado a atenção necessária para o cultivo daquela roseira.

A vida requer cuidado. Os amores também. Flores e espinhos são belezas que se dão juntas. Não queira uma só. Elas não sabem viver sozinhas...

Quem quiser levar a rosa para sua vida, terá que saber que com ela vão inúmeros espinhos.

Mas não se preocupe. A beleza da roza vale o incômodo dos espinhos... ou não.
Pe. Fábio de Melo

MULHERES QUE AMAM DEMAIS

Se alguma vez deu consigo obcecada por um homem, pode ter suspeitado que a raiz dessa obsessão é, não o amor, mas o medo. Todas nós que amámos obsessivamente estávamos cheias de medo. Medo de estarmos sós, de sermos inaptas para ser amadas e indignas disso, medo de sermos ignoradas, abandonadas ou destruídas. Damos o nosso amor na esperança desesperada de que o homem por quem estamos obcecadas trate dos nossos medos. Em vez disso, os nossos medos e obsessões aumentam até que dar amor para o recebermos se torna uma força dominante nas nossas vidas. E como a nossa estratégia não resulta, tentamos amar ainda mais. Amamos de mais.

 Prefácio do Livro “Mulheres que amam demais”

Mulheres que Amam demais

Dependência é uma palavra assustadora. Recorda imagens de viciados em heroína a enfiarem agulhas nos braços e a levarem, obviamente, vidas autodestrutivas. Não gostamos da palavra e não queremos aplicar o conceito à forma como nos relacionamos com os homens. Mas muitas, muitas de nós, têm sido «drogadas de homens», e tal como qualquer outro dependente temos de aceitar a gravidade do nosso estado antes de podermos recompor-nos.
Se alguma vez deu consigo obcecada por um homem, pode ter suspeitado que a raiz dessa obsessão é, não o amor, mas o medo. Todas nós que amámos obsessivamente estávamos cheias de medo. Medo de estarmos sós, de sermos inaptas para ser amadas e indignas disso, medo de sermos ignoradas, abandonadas ou destruídas. Damos o nosso amor na esperança desesperada de que o homem por quem estamos obcecadas trate dos nossos medos. Em vez disso, os nossos medos e obsessões aumentam até que dar amor para o recebermos se torna uma força dominante nas nossas vidas. E como a nossa estratégia não resulta, tentamos amar ainda mais. Amamos de mais.

 'Prefácio: Mulheres Que Amam Demais (Livro)'.