domingo, 6 de março de 2011

AMAR

“... Que pode uma criatura senão,
senão entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.

Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor...

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita!”

Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 3 de março de 2011

REFLEXÃO

Fico pensando... Eros deve ter raiva de mim....pq ele só atira suas flechas em mim, e nunca nos homens que me relaciono???
Bom, deve atirar sim, mas em posição contrária, pois eles semprem gostam de outras mulheres.

Fico pensando... As vitimas de Eros são  na sua grande maioria as mulheres. Converso com muitas...e todas lamentam.... Sofrem de amor!

Fico pensando.... pensando....

EROS

EROS

Deus grego do amor, também conhecido como Cupido (Amor, em latim), era filho de Afrodite e seu companheiro constante. Apesar de sua excepcional beleza ser altamente valorizada pelos gregos, seu culto tinha modesta importância.
Com seu arco ele disparava flechas de amor nos corações dos deuses e dos humanos.